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Arquiteturas Corporativas de Governo

Benchmarking para Apoio à Construção do FACIN

Num artigo anterior  comentei sobre os quatro Governos que possuem Frameworks de Arquitetura Corporativa em franco desenvolvimento e uso: FEAF – Estados Unidos, AGA – Austrália, GEA-NZ – Nova Zelândia e eWave – Singapura. No artigo meu foco estava voltado para a identificação da importância que o tema de transparência tem dentro das abordagens propostas.

Hoje, vou discutir sobre a importância desses benchmarkings, como  esses frameworks foram selecionados e ações futuras.

A ideia do benchmarking surge do fato de que a utilização das práticas e modelos de Arquitetura Corporativa amplamente implementados, experimentados e consagrados, especialmente em áreas de Governo, permite que seu processo de desenvolvimento possa ser melhor desenvolvido face as lições aprendidas e perspectivas de cada organização já existentes.

Inúmeros países utilizam como base fundacional padrões existentes de Arquitetura Corporativa como TOGAF, Zachman, entre outros. E quando comparados, os Frameworks de Arquitetura Corporativa para Governo são semelhantes, principalmente quando visam suportar metas comuns, como o caso dos propósitos de e-Government (Governo Eletrônico).

Para desenvolvimento do FACIN, foram consultados diversos Frameworks de Arquitetura Corporativa de Governo e para filtrar a enorme quantidade de padrões e selecionar àqueles considerados mais maduros e relevantes à realidade Brasileira, foram utilizados os resultados das pesquisas de e-Government realizado bianualmente pela ONU.

Para entender melhor essa avaliação vale uma lida no artigo publicado pela colega Valéria Musafir sobre a evolução do Brasil no desenvolvimento do governo eletrônico, no período de 2008 à 2016. Na época do estudo para o FACIN (em 2015), a avaliação de 2016 ainda não existia. Portanto está aí uma atividade a ser realizada em 2017.

Os dez países com melhor desempenho na pesquisa do Department of Economic and Social Affairs - UNITED NATIONS (World's Best e-Government), nos anos de 2008, 2010, 2012 e 2014, bem como sua evolução nestes períodos são apresentados na ilustração abaixo.
Em comum, entre estas nações está o uso intensivo de padrões de interoperabilidade e integração de sistemas voltados ao cidadão, porém fortemente apoiadas nos respectivos modelos de Arquitetura Corporativa.

Além dessa avaliação, existem aspectos regionais, que também foram considerados para esta seleção. Cada país possui um conjunto diferente de características que podem ajudar ou atrapalhar o seu progresso no desenvolvimento do governo eletrônico, em especial aos países com uma população de mais de 100 milhões de habitantes. 

A Ilustração abaixo apresenta o desenvolvimento de governo eletrônico nos países com populações que possuem mais de 100 milhões de habitantes. Foram avaliados também aspectos de acesso, ou seja, a disponibilidade de informação para confirmação do uso de Frameworks de Arquitetura Corporativa, o nível de compreensão (idioma apresentado) e a facilidade no acesso às informações sobre estes. Os resultados desta análise são apresentados na ilustração abaixo.
Como resultado foram selecionados as 4 abordagens citadas anteriormente: FEAF – Estados Unidos, AGA – Austrália, GEA-NZ – Nova Zelândia e eWave – Singapura. Estes quatro Governos serviram e continuam servindo como ótima fonte de conhecimento, além de já possuírem também casos de adoção que podem ser estudados e discutidos. 

Porém o que percebeu-se durante o ano de 2016 é que países com menos de 100 milhões de habitantes também podem oferecer uma fonte muito rica e útil de conhecimento dada a sua alta avaliação de desenvolvimento em e-gov. Mesmo considerando culturas e organizações políticas e administrativas diferentes das brasileiras, existe uma fonte de conhecimento riquíssima que pode ajudar no desenvolvimento do FACIN. Destacam-se: Reino Unido, Finlândia, Suécia, Dinamarca e França. 

FACIN em 2017 promete! Até a próxima!



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