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FACIN e o Modelo de Responsabilidade Organizacional – 6

No post anterior abordamos as estruturas Conhecimento e Papel da Visão Negócios do Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no apoio à Governança - FACIN.

Neste artigo vamos explorar as seguintes estruturas


Figura 1 – Estruturas da Visão Negócios do FACIN

Além do conhecimento necessário para executar as atividades ligadas aos serviços e processos entregando valor aos clientes, como vimos no artigo anterior, os atores da organização precisam ter as habilidades apropriadas para desempenhar seus papéis.

A estatística pode nos ajudar a inferir a melhor alocação dos atores distribuídos nas áreas da organização. A distribuição normal, figura 2, é uma das mais importantes distribuições da estatística, conhecida também como Distribuição de Gauss. 

Na Curva de Gauss a área em azul está a menos de um desvio padrão (σ) da média. Em uma distribuição normal, isto representa cerca de 68% do conjunto, enquanto dois desvios padrão desde a média (azul e laranja) representam cerca de 95%, e três desvios padrão cobrem cerca de 99.7%. Este fato é conhecido como regra 68-95-99.7, ou a regra empírica, ou a regra dos 3-sigmas.


Figura 2 – Distribuição Normal

histograma, também conhecido como distribuição de frequências ou diagrama das frequências, é a representação gráfica, em colunas (retângulos), de um conjunto de dados previamente tabulado e dividido em classes uniformes. A base de cada retângulo representa uma classe e a altura de cada retângulo representa a quantidade ou frequência com que o valor dessa classe ocorreu no conjunto de dados.  

boxplot, ou diagrama de caixa, é um gráfico que capta importantes aspectos de um conjunto de dados através do seu resumo dos cinco números, formado pelos seguintes valores: valor mínimo, primeiro quartil, segundo quartil, terceiro quartil e valor máximo.

O histograma com distribuição de probabilidade é utilizado na exibição dos valores que possuem maior probabilidade de ocorrência na verificação da simetria de uma distribuição.

O alinhamento do FACIN e o Modelo de Responsabilidade Organizacional se materializa nas etapas de Qualificação da Demanda e Plano de Capacidade que abordam o mapeamento das equipes que irão tratar as demandas de serviços de uma organização.

O levantamento da capacidade produtiva das equipes é baseado no esforço necessário para execução das atividades que compõem os serviços, utilizando uma adaptação do Time-Driven ABC Model, de Robert Kaplan.

Após o mapeamento das equipes e o levantamento do esforço, em uma situação normal, o gráfico dos esforços das equipes de uma determinada população poderia ter a seguinte distribuição:

Figura 3 – Análise dos esforços das equipes

O grau ao qual os dados numéricos tendem a dispersar-se em torno de um valor médio chama-se variação ou dispersão dos dados. As medidas mais comuns são: amplitude, variância e desvio padrão.

Amplitude: é a diferença entre o maior e o menor valor.

Variância: é uma medida da sua dispersão estatística, indicando "o quão longe" em geral os seus valores se encontram do valor esperado.

Desvio Padrão: é a medida mais comum da dispersão estatística (representado pelo símbolo sigma, σ). Ele mostra o quanto de variação ou "dispersão" existe em relação à média (ou valor esperado). Um baixo desvio padrão indica que os dados tendem a estar próximos da média; um desvio padrão alto indica que os dados estão espalhados por uma gama de valores. O desvio padrão define-se como a raiz quadrada da variância. 

Dentre as análises dos gráficos da população acima, em se comportando como uma distribuição normal, pode-se destacar as seguintes análises comparativas:

Figura 4 – Análises comparativas da Distribuição Normal

Busca-se ter uma pequena amplitude com baixo desvio padrão para que os esforços das equipes fiquem próximos da média (entre 80 e 85% do esforço segundo Kaplan) diminuindo a dispersão.

Esse objetivo pode ser alcançado através do Modelo de Otimização da Produtividade que estabelece uma relação entre a demanda por serviços encontrada em uma organização e a produtividade das pessoas na execução das atividades que compõem o serviço, permitindo que se estabeleça a melhor relação custo/benefício.

Nesse contexto a demanda pode ser distribuída para um ator que tenha o conhecimento e a habilidade necessários para lidar com a complexidade exigida, ao invés de distribuí-la aleatoriamente, de acordo com os critérios estabelecidos na qualificação da demanda.

Outras medidas também podem ser apontadas nesse sentido, como no diagrama da figura 5, que sinaliza:

  • a possibilidade de automatização de atividades de baixa complexidade; 
  • análise da necessidade de propor novas medidas para elevar a produtividade das equipes;
  • avaliação do impacto da otimização dos esforços na execução das atividades.
              
            Figura 5 – Otimização da Produtividade - The University of Manchester Library

As pessoas são a base das organizações, pessoas certas nos lugares certos com o conhecimento e habilidade adequados podem aumentar a produtividade e entregar mais valor ao cliente!

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