No post anterior abordamos as Capacidades de Negócio da organização, seus Serviços e Produtos, estruturas da Visão Negócios do Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no apoio à Governança - FACIN.
Neste artigo vamos explorar as seguintes estruturas:
Figura 1 – Estruturas da Visão Negócios do FACIN
O Governo agrega organizações que desenvolvem atividades com o objetivo de entregar produtos ou serviços à Sociedade, seu principal Cliente.
No alcance desse objetivo, uma boa arquitetura de negócios leva à melhoria dos sistemas, processos e resultados da organização, principalmente relacionados à entrega de produtos e serviços ao cidadão.
De acordo com o Framework de Arquitetura Corporativa da Califórnia (CEAF 2.0) a capacidade de negócios, apresentada na figura 2, é implementada através de um conjunto de processos de negócios (executado por pessoas ou automatizados) apoiados por relevantes aplicações de TI.
Figura 2 – Elementos da Arquitetura de Negócios do CEAF 2.0
Em um nível conceitual, a arquitetura de negócios centra-se na identificação das capacidades de negócios e os serviços que elas suportam, por intermédio da modelagem de processos de negócio.
Um modelo de processo de negócio descreve o que a organização faz, suas entradas e saídas, fluxos, eventos e resultados, visualizados na forma de diagramas e utilizando um conjunto de notação padrão.
Os serviços satisfazem uma necessidade de negócios de um cliente e podem ser internos ou externos. Os serviços externos são voltados para o cliente enquanto os internos são de apoio, voltados para o interior da organização.
No post anterior vimos um exemplo de serviços externos apresentados no formato de um Caderno de Produtos e Serviços. Já os serviços internos, figura 3, descrevem o elemento entregue, tangível ou intangível, contemplando um grupo de atividades que são realizadas rotineiramente para compor os serviços prestados.
Figura 3 – Mapa de Serviços Internos
Os Serviços Internos, mapeados de acordo com o Modelo de Responsabilidade Organizacional, podem estar ligados a diversos tipos de processos, tais como os processos relacionados à instalação de produtos, processos de gerenciamento de serviços (ITIL) ou elementos da Cadeia de Valor.
O diagrama da figura 4 ilustra o alinhamento entre esses elementos, dispostos em camadas formando uma rede de conexões, que a partir da integração transversal das informações contribuem para a oferta de melhores serviços eletrônicos à sociedade.
Figura 4 – Alinhamento entre os Serviços Internos, Processos e Caderno de Serviços
Essa
visão sistêmica propicia uma maior colaboração e reutilização dos serviços internos
na medida em que suas atividades são comuns a diversos componentes.
Para que todo esse mecanismo funcione de forma harmoniosa é preciso descrever o conjunto de regras que norteiam os processos e a execução das atividades, registrando-os em documentos acessíveis a todos na organização.
O Modelo Integrado de Normativos (MIN) permite a visualização desses documentos de forma bastante amigável, figura 5, estabelecendo a conexão dos instrumentos com suas respectivas áreas de responsabilidade.
Figura 5 – Modelo Integrado de Normativos – MIN
No MIN destacam-se os normativos internos na cor azul e os externos na cor amarela. As Instruções Normativas (IN) Internas são produzidas na própria empresa, enquanto os documentos externos podem ser de diversas fontes e estão diretamente relacionados às competências das áreas.
No próximo artigo abordaremos a Estrutura Organizacional, Cadeia de Valor e Ontologia da Visão Negócios do FACIN.
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