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Mostrando postagens de março, 2016

G2G – Governo para Governo - Compartilhamento Iterinstitucional de Serviços Públicos

O conceito de órgãos públicos que prestam serviços um ao outro não é nada novo, mas não acontece tão frequentemente quanto poderia. Sabichões da política, da mídia, agentes e gestores públicos concordam que o conceito faz sentido. Uma organização pública cria algo, e compartilha essa experiência com outro órgão público, a um custo que fornece algumas economias de tempo e dinheiro. É mais eficiente, rápido e todos ficam felizes. Ambiente fértil para G2G Para o G2G ser viável não pode haver obstáculos políticos e guerras territoriais. Não pode haver desafios de governança. O viés do não inventado aqui também deve estar de fora das instituições que querem co-produzir serviços públicos em parceria. Os serviços partilhados funcionam melhor quando são construídos com grandes relacionamentos profissionais. Essas relações podem ser entre os gestores das organizações envolvidas, ou entre o pessoal na linha de frente. Uma das partes não pode estar em posição superior.

Como Arquitetura Corporativa pode Apoiar a Implantação de Transparência Organizacional

A Arquitetura TOGAF no apoio a implantação de Transparência – Fases G e H No artigo anterior eu discuti o desenvolvimento da Fase F tendo como objetivo a implantação de transparência organizacional.  O desenvolvimento da Fase F acontece a partir do fechamento da fase E do TOGAF, os planos de migração traduzidos em projetos que são priorizados de acordo com critérios estabelecidos dentro da Estratégia definida. Então vamos ao que interessa: Hoje eu vou falar sobre as duas últimas fases do ADM do TOGAF. As fases, G. Governança da Implementação e H. Gerenciamento de Mudança da Arquitetura. Aqui não existem perguntas mas sim o monitoramento da execução dos projetos de forma a assegurar a conformidade com a Arquitetura Alvo (futura / to-be ). Esta fase envolve a governança da arquitetura de forma a assegurar sua conformidade com o mundo real. Neste momento, alterações na Arquitetura Alvo podem ser necessárias em função da realidad

Benefícios Econômicos e Ambientais de Padrões como o XBRL

Ao receber o prêmio " Relatório do Ano de 2014 " em um evento envolvendo setores não comerciais da Austrália e países asiáticos, Grant Hehir, que é auditor geral da cidade de New South Wales, Austrália, disse que: "Nós dificilmente imprimimos documentos hoje em dia. Nós estamos em um ponto onde a maioria dos usuários não quer um pedaço de papel - isto é um desperdício." Este ponto demonstra que padrões como o XBRL tem a vantagem de trazer economia para as entidades que necessitam emitir relatórios anuais, pois deixam de gastar com impressões em papel. Como ganho adicional, o fato de eliminar o papel acaba contribuindo com a questão ambiental, pois os recursos naturais correspondentes também deixarão de sofrer exploração. Ainda segundo Grant Hehir, a publicação de relatórios anuais online (como é o caso de relatórios XBRL), é: "menos dispendiosa e mais amigável ao usuário, de maneira que você pode empacotá-lo de uma forma que o usuário pode determi

Processos, GesPública e Rock´n´ Roll

Na nova estrutura da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, fazemos agora parte do Departamento de Modernização da Gestão Pública - o INOVA/SEGES. Há cerca de um mês, publiquei um post no blog da Inovação, que falava de gestão de processos - aproveito para replicá-lo aqui pois, apesar de alguns já conhecerem a experiência, o tema ainda é atual. Bom feriado! ----- "Fazer um curso presencial de gestão de processos para 30 servidores ou inovar? - descubra o que a turma do GesPública decidiu fazer em 2009..."

BPM Estratégico

(imagem: sdnoticiaipu.blogspot.com.br) No artigo anterior, que pode ser lido aqui , falamos sobre projetos alavancadores. Tais projetos, quando são elaborados a partir de um plano estratégico bem delineado, tem sempre como objetivo melhorar determinados processos ou criar novos. Até mesmo quando o projeto não se debruça diretamente sobre um processo específico, como por exemplo, a ampliação de um galpão de armazenagem, o objetivo final tem impacto sobre um ou vários processos de negócio. Melhorar um processo é sempre bom? Podemos dizer que sim, afinal se melhoramos um processo, este se torna mais eficiente (se está utilizando mais racionalmente os recursos habilitadores) ou mais eficaz (se está atingindo melhor ou mais rapidamente seu objetivo). Mas será que estamos atingindo o alvo correto? Um processo não existe isolado dos demais. Cada um deles se encaixa em uma estrutura que convencionamos chamar de Arquitetura de Processos. Cada um contribuindo direta ou indiretam

“Nosso Governo Interopera !”

Recentemente estive conversando com os gestores do Governo de Rondônia, em uma palestra sobre “Governo Eletrônico: Transparência e Oportunidades para Governos”. O público, composto por uma grande maioria de jovens, lotou um auditório com capacidade para 300 pessoas. Aí vem a grande pergunta, o que motiva um contingente tão grande de pessoas a assistir uma palestra sobre TI? Dia (que se estendeu pela noite) anterior havia conversado animadamente com colegas da Secretaria de Assuntos Estratégicos sobre o que era pretendido com o evento. Soube mais sobre a primeira edição, realizada ano passado – este era o II Seminário de Gestão Pública – e os resultados que eles vinham obtendo com a implementação de fóruns de debates envolvendo todos os servidores do Estado. Com todas aquelas informações sendo compartilhadas, optamos por mudar o formato do evento, abrindo espaço para um debate com especialistas envolvidos com a melhoria dos serviços públicos para a sociedade, independente se

A Importância da Contabilidade para a Governança Corporativa

Segundo o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), a “governança corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas/Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de Governança Corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade”. A contabilidade tem por objetivo manter a estrutura para oferecer mais controles em relação aos propósitos da empresa, gerando e fornecendo informações financeiras contábil-financeiras para todos os envolvidos no processo. Devido a grande amplitude deste assunto, a Governança Corporativa tornou-se objeto de estudo em várias áreas, como finanças, contabilidade, economia, administração, direito e etc. Embora a contabilidade seja importantíssima para o estudo da Governança Corporativa, a contribuição dos acadêmicos de contabilidad

O Futuro é um Trabalho Interno

Saiba mais sobre a League of Intrapreneurs *Traduzido e publicado com autorização – The Future’s an Inside Job Um protesto numa praça, um martelo para uma parede, uma estátua caída – estes são os sinais visíveis de mudança do regime. Mas a mudança dos sistemas também acontece no susto. Os agentes de mudança operam na camuflagem. Hackeando culturas. Envolvendo sistemas. Transformando empresas. Trabalhando, do seu cubículo, para tornar o mundo um lugar melhor. Eles não esperam pelas condições ideais. Eles trabalham com o que está acontecendo. Eles fazem mudança de onde eles estão. A League of Intrapreneurs (Liga de Intraempreendedores) é uma hipótese: a hipótese que diz que as nossas velhas instituições possuem um papel em ajudar-nos a alcançar um futuro mais próspero. Podemos desbloquear as agências humanas, mesmo em meio às fragmentadas e sistematizadas organizações. Podemos reprogramar as empresas multinacionais, as burocracias e os reguladores do mundo com visão e

Acordos de Nível de Serviço em Nuvem – Uma Nova Série de Normas Internacionais em Produção

Um dos trabalhos atualmente em curso no subcomitê de computação em nuvem, no âmbito da ISO/IEC, trata da elaboração de uma série sobre acordos de nível de serviço específicos sobre qualidade de serviço na computação em nuvem. A série, cuja denominação base é ISO/IEC 19086 Information Technology – Cloud Computing – Service Level Agreement (SLA) framework and technology, é dividida em quatro partes: Part 1: Overview and concepts ( http://www.iso.org/iso/home/store/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=67545 )  Part 2: Metrics ( http://www.iso.org/iso/home/store/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=67546 )  Part 3: Core requirements ( http://www.iso.org/iso/home/store/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=67547 )  Part 4: Security and privacy ( http://www.iso.org/iso/home/store/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=68242 )  Parte 1 – Visão geral e conceitos A parte 1 é a que está mais avançada no processo de elaboração. Seu estágio atual é d

5 Coisas que Você Deve Saber Sobre Servidores Públicos

Precisamos acabar com estigma dessa profissão tão honrosa. Quando falamos em serviços públicos, costumamos pensar nas três grandes áreas: Saúde, Educação e Segurança. Essas atividades fins são compostas essencialmente por médicos, professores e policiais. Mas ser servidor público vai muito além disso. 1. Servidores Públicos trabalham muito; Pessoas fantásticas que conheço e trabalham muito, são da esfera pública. Conheço servidores que fazem muito mais do que suas atribuições ‘legais’, eles vão além do ambiente interno. Servidores que estão trasnformando a realidade do Brasil, que se preocupam com a transparência, participação popular no governo, combate à corrupção e que vestem a camisa sendo servidores inspiradores!. 2. Servidores Públicos precisam ser reconhecidos e motivados; O trabalho é mediador de integração social, seja por seu valor econômico que propicia a subsistência, seja pelo valor simbólico, intervindo na constituição dos modos de vida, com a presen

Isso é que é Serviço

Feliz 2016, turma da Comunidade :). Já de volta em casa e com acesso pleno a web, queria comentar um trecho interessantíssimo do livro "The Service Startup" de Tenny Pinheiro, especialista em técnicas de design. Em um determinado momento o autor lamenta o fato de instituições que possuem grande engajamento com seus clientes não percebem o que é relevante para eles, ofertando produtos e serviços totalmente desnecessários. Mas há exceções. A Zappos (www.zappos.com) é uma empresa especializada em venda on-line de sapatos e roupas. Segundo o Tenny, o DNA dela é completamente relacional, desde a identificação de seu objetivo no ato de servir até a maneira de lidar com consumidores e colaboradores no dia-a-dia. O call-center é uma parte vital na jornada dos usuários e os seus funcionários têm status de verdadeiras estrelas do rock. Ao ser perguntada a respeito de situações em que atendia a consumidores reclamando de alguma questão, uma funcionária da Zappos resp

Como Arquitetura Corporativa Pode Apoiar a Implantação de Transparência Organizacional

A Arquitetura TOGAF no apoio a implantação de Transparência – Fase F No artigo anterior eu discuti o desenvolvimento da Fase E tendo como objetivo a implantação de transparência organizacional.  O desenvolvimento da Fase E acontece a partir do fechamento das fases B, C e D do TOGAF. Esta é uma fase diretamente relacionada com o planejamento da implementação, pois descreve os projetos e programas que vão ser responsáveis por implantar as Arquiteturas Alvo identificadas nas fases anteriores. Todos devem ter ciência e visão completa do Roteiro de projetos, programas e ações que está sendo definido e as relações entre eles. Então vamos ao que interessa: Hoje eu vou falar sobre a fase F. Plano de Migração . As perguntas, de uma forma geral, estão agora relacionadas à: como mover da linha de base (atual / as-is) para a arquitetura alvo (futura / to-be )? Esta fase envolve o planejamento dos projetos alinhado ao que foi definido na Arquitetura Alvo.

Uma Breve História das Geotecnologias no Brasil

Internacionalmente, a década de 80 representa o momento quando as geotecnologias, principalmente os Sistemas de Informações Geográficas, iniciam um período de acelerado crescimento que dura até os dias de hoje (Goodchild, 1991). De acordo com Câmara e Davis (2000) a introdução do Geoprocessamento, e de outras formas de processamento de dados cartográficos de forma informatizada no Brasil iniciam-se a partir do esforço de divulgação e formação de pessoal feito pelo prof. Jorge Xavier da Silva (UFRJ), no início dos anos 1980. A vinda ao Brasil, em 1982, do Dr. Roger Tomlinson, responsável pela criação do primeiro SIG (o Canadian Geographical Information System), incentivou o aparecimento de vários grupos interessados em desenvolver tecnologia, entre os quais é possível mencionar: UFRJ: O grupo do Laboratório de Geoprocessamento do Departamento de Geografia da UFRJ, sob a orientação do professor Jorge Xavier, desenvolveu o SAGA (Sistema de Análise Geo-Ambiental). O SAGA tem seu for