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Gestão de processos e design

Teve início ontem, 15/06, a conferência anual da SDPS - Society for Design and Process Science -, cujo tema principal é "Smart Innovative Societies". O evento se estenderá até o próximo dia 19, em Sarawak (Malásia), e seu foco principal se concentrará em regiões especiais do planeta que vêm adotando ciências e tecnologias integradas para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes, em harmonia com o meio ambiente e respeitando as culturas e tradições das localidades.

Uma característica observada em tais comunidades é a percepção de que problemas e oportunidades requerem um massivo pensamento em termos de complexidade e de interconectividade, não se restringindo aos conhecimentos classicamente divididos em disciplinas.

A SDPS foi criada em 1995 em torno de uma ideia simples: processos. O fato de que tal conceito é observado em um grande número de diferentes disciplinas e de que a filosofia de processos anunciava sua importância desde a Antiguidade fez crescer a ideia de que deveria haver algo fundamental ainda a ser descoberto pela ciência.

Parece que o conceito de processo é capaz de estabelecer uma abstração amplamente aplicável em diversos campos do saber, a partir da qual é possível basear o futuro da integração de conhecimentos e sua difusão para uma ampla gama de disciplinas. O resultado pode render uma nova forma de fazer ciência, novos produtos, inovação empresarial e novas soluções que atendam aos conjuntos de problemas complexos que observamos.

Nesse contexto, a ideia de design - que faz parte da denominação da SDPS - assume total importância frente a tais desafios, e não é difícil entender porque cada vez mais indivíduos e instituições têm-se utilizado de métodos e técnicas que consideram as pessoas em lugar de destaque no desenvolvimento de projetos e estimulam a criatividade para a geração de soluções. Ao "pensar fora da caixa" e não mais separar forma do conteúdo das soluções buscadas, os "designers de processos" buscam maior participação de pessoas e conhecimentos disponíveis, tecnologias de ponta e uma visão mais ampla que, inclusive, aumenta a robustez do processo em estudo, tornando-o mais imune a variações contextuais ao incorporar a experiência de quem dele participa.

Estive presente nas edições de 2012 (Berlim) e 2013 (Campinas) da conferência anual da SDPS e pude compartilhar pontos de vista com especialistas internacionais que, em última análise, buscam questionar as formas tradicionais de enxergarmos a realidade e desenvolver pensamentos radicalmente novos de como melhorar nossas vidas.

Pois, como afirma em sua própria missão, a SDPS é um "catalizador da mudança, permitindo a descoberta de novas abordagens que conduzam a soluções alternativas para os crescentes problemas complexos que a civilização enfrenta".

Confira mais em http://sdpsnet.org/sdps.
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