Contemplando a Catedral de Milão
O
que ela tem a nos ensinar sobre Arquitetura Corporativa?
Linda, não é mesmo? Para quem tiver curiosidade, a Wikipédia[1] conta um pouco da história de construção da catedral que se iniciou em 1386 e só foi dada por finalizada 427 anos depois!
Você já parou para pensar como essa catedral foi construída? Você imagina que as pessoas foram juntando as pedras a esmo e, de repente, falaram: “Oh! Saiu aqui a Catedral de Milão!”?
É claro que não foi assim!
Desde o início o objetivo era construir uma catedral e, ao longo de mais de 400 anos, se trabalhou para isso sem que a ideia original fosse perdida. A construção pode ter sido aos poucos, mas, sem dúvida, a estrutura já estava planejada.
E mais do que isso! Uma catedral é uma arte sacra, ou seja, uma produção artística destinada ao culto sagrado. Ela é repleta de simbolismos: tudo é estruturado para prover o culto ao sagrado. Observe, por exemplo, um fragmento da planta interna da catedral. Eu não sou conhecedora desse assunto, mas deduzo, por exemplo, que o formato de cruz não é fruto do acaso.
Por meio desse exemplo, quero conduzi-lo a concluir que houve um planejamento antes da construção e, principalmente, o planejamento foi direcionado pelo objetivo que se tinha. Isso possibilitou que a execução, mesmo durando mais de 400 anos, atingisse o objetivo.
Se me permitem, eu acho isso extraordinário!
Mas, esse não é um blog sobre arte e meu compromisso é escrever sobre Arquitetura Corporativa. Mas, citando Chesterton[2]: “A poesia é sã porque flutua, facilmente, num mar infinito; a razão procura cruzar o mar infinito para, assim, torná-lo finito. O resultado é um esgotamento mental.” Por isso, acredito que tenhamos muito a aprender com o mundo das artes e que analogias como esta são uma grande ferramenta para compreendermos alguns dos problemas enfrentados pelas empresas hoje em dia.
O
planejamento da instituição na qual você trabalha está alinhado aos objetivos
por ela traçados?
[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Milão
[2] G. K.
Chesterton (1874-1936), no livro Ortodoxia de publicado em 1909.
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