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Mostrando postagens de maio, 2016

O Information Show 2016 e sua Relação com Arquitetura Corporativa

Impressões sobre o Information Show 2016 Nos dias 11 e 12 tive a oportunidade de ir ao Information Show 2016 . Encarei o evento com extrema curiosidade e com a mente totalmente aberta afinal sou uma completa leiga nos assuntos relacionados o mundo de ECM (Enterprise Content Management) que me parece ser o domínio de origem do evento e que mantém um forte foco neste aspecto. Achei extremamente interessante e serviu para reafirmar a crescente importância no que tange a organização e o ciclo de gestão das informações (do papel ao digital e daí para o seu post morten). No âmbito público a quantidade de documentos (a maioria ainda impresso) gerados é algo impressionante. Estamos falando (palavras dos palestrantes) de galpões e galpões, cada um contendo mais de 300.000 caixas de documentos que precisam ser armazenados durante 10, 20, 30 anos e alguns ad infinitum, a depender do seu tipo.  Esses documentos precisam inicialmente ser mais facilmente acessados. Neste aspecto fiq

Decreto estabelece Política de Governança Digital: Norma terá validade para os 224 órgãos integrantes do Sisp

Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.  As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum.  Durante os anos de 2014 á 2016, o Brasil foi abalado por uma crise de confiança agravado, sobretudo, por má gestão das informações, que em ampla medida, afetaram estas boas práticas. De forma a melhorar a transparência dos nossos dados, o governo federal instituiu, no dia 18 de janeiro de 2016 a Política de Governança Digital para os 224 órgãos integrantes do Sistema d

FACIN e o Modelo de Responsabilidade Organizacional – 6

No post anterior abordamos as estruturas  Conhecimento e Papel  da Visão Negócios do Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no apoio à Governança  - FACIN . Neste artigo vamos explorar as seguintes estruturas Figura 1 – Estruturas da Visão Negócios do FACIN Além do conhecimento necessário para executar as atividades ligadas aos serviços e processos entregando valor aos clientes, como vimos no artigo anterior, os atores da organização precisam ter as habilidades apropriadas para desempenhar seus papéis. A estatística pode nos ajudar a inferir a melhor alocação dos atores distribuídos nas áreas da organização. A distribuição normal , figura 2, é uma das mais importantes distribuições da estatística, conhecida também como Distribuição de Gauss.  Na Curva de Gauss a área em azul está a menos de um desvio padrão (σ) da média. Em uma distribuição normal, isto representa cerca de 68% do conjunto, enquanto dois desvios padrão desde a média (azul e laranj

Utilizando o BPM para Romper a Barreira Burocrática

 (Imagem:  http://projecaoastral.com/) No artigo anterior, que pode ser lido aqui , relembramos o contexto histórico que permitiu a adoção de novas ferramentas de gestão na Administração Pública. Já havíamos comentado anteriormente, como tais ferramentas foram implementadas no serviço público e o seu impacto na cultura organizacional destes órgãos, particularmente no Poder Judiciário. A alta administração, muitas das vezes, empurrada por decretos, resoluções ou quaisquer outras determinações legais ou orientações dos órgãos de controle, fica obrigada a abrigar em sua máquina de gestão (que aos seus olhos já funciona adequadamente) uma série de “modismos gerenciais” (como são encarados), tais como: qualidade total, planejamento estratégico, gestão de projetos, gestão de processos, métodos ágeis, design thinking etc. Ainda não acostumados a ter que controlar sua produtividade, a medir a eficiência e eficácia de suas decisões, a vincular suas atividades e gastos a um plan

O Governo do Século XXI – [eBook] “Dá pra fazer”

Resumo do Capítulo 1 e entrevista com Roberto Agune O livro “Dá pra fazer” é um relato experimental de alguns membros da equipe da Assessoria de Inovação em Governo (iGovSP) sobre inovação na gestão pública. O livro orienta os gestores públicos sobre o tema, desde a fundamentação e motivos para inovar em governo até a apresentação de métodos e alternativas para iniciar o processo de mudança no setor público. A coluna ‘Dá pra fazer’ Não poderia descrever de forma tão precisa os autores, quanto Regina Pacheco descreveu na apresentação do livro: “Aqui está reunida uma equipe notável de autores, pessoas que se destacam por seu low profile, por não se fazerem notar – a não ser pelas ideias que fomentam e gerações que unem. Arrojados e discretos, maduros e abertos à experimentação, mutantes e confiáveis, há tempos permanecem à frente de tudo o que diz respeito à transformação e melhoria do modo de ser das organizações públicas paulistas, seus processos e seus funcio

FACIN e o Modelo de Responsabilidade Organizacional – 5

No post anterior abordamos as estruturas  Estrutura Organizacional, Cadeia de Valor e a Ontologia Organizacional  da Visão Negócios do Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no apoio à Governança  - FACIN . Neste artigo vamos explorar as seguintes estruturas: Figura 1 – Estruturas da Visão Negócios do FACIN Para as pessoas, distribuídas nas áreas da organização, executarem as atividades ligadas aos serviços e processos entregando valor aos clientes, é preciso ter o conhecimento necessário. O conhecimento pode ser alcançado de diversas formas, como na elaboração de um Documento de Conhecimento do Domínio (DCD), aprimoramento do  Modelo de Responsabilidade Organizacional . O objetivo do DCD, figura 2, é capturar o conhecimento tácito das pessoas e formalizá-lo para ser disseminado na empresa e adquirido por aqueles que executarão as atividades relacionadas aos serviços. Figura 2 – Artefato Documento de Conhecimento do Domínio (DCD) 

Gestão de processos - real e divertida

Aproveitando uma viagem recente aos Estados Unidos para participar de um curso, aluguei um carro e saí fazendo um tour de 12 dias por Nevada, Califórnia e Arizona. Em Las Vegas, assisti a dois espetáculos do Cirque du Soleil: o genial "One", baseado na obra de Michael Jackson e o emocionante "Love", montado em cima das canções dos Beatles. A união Cirque du Soleil e Beatles é sempre um inesgotável manancial para quem curte gestão e gestão de processos - pelo menos, eu acho. Se a forma de criação dos 4 de Liverpool era um exemplo contemporâneo de "democracia invertida", em que se um deles não concordasse com o resultado final a ideia deveria ser polida até a perfeição, a concepção de espetáculos pela turma canadense (ou seria universal?) é um exemplo vivo de como orientar as competências complementares que todos possuímos em prol de uma experiência única e de tirar o fôlego da plateia. Em 2016 se completam 10 anos de exibição ininterrupta do show &

FACIN e o Modelo de Responsabilidade Organizacional – 4

No post anterior abordamos as estruturas  Clientes, Processos de Negócios e Regras  da Visão Negócios do Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no apoio à Governança -  FACIN . Neste artigo vamos explorar as seguintes estruturas: Figura 1 – Estruturas da Visão Negócios do FACIN  Há dois tipos de Estrutura Organizacional: formal e informal. Estrutura Formal é aquela apresentada pelo organograma onde todas as relações são formais. Estrutura Informal é o relacionamento entre as partes fora do organograma onde as relações não estão previstas. Nosso foco será a estrutura formal assim definida por alguns autores: “Estrutura organizacional é o instrumento administrativo resultante da identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos das empresas, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e dos processos decisórios, visando ao alcance dos objetivos estabelecidos pelos planejamentos das empresas”. ( Oliveira, 2006 ). "

Contemplando a Catedral de Milão

Contemplando a Catedral de Milão O que ela tem a nos ensinar sobre Arquitetura Corporativa? Linda, não é mesmo? Para quem tiver curiosidade, a Wikipédia[1] conta um pouco da história de construção da catedral que se iniciou em 1386 e só foi dada por finalizada 427 anos depois! Você já parou para pensar como essa catedral foi construída? Você imagina que as pessoas foram juntando as pedras a esmo e, de repente, falaram: “Oh! Saiu aqui a Catedral de Milão!”? É claro que não foi assim! Desde o início o objetivo era construir uma catedral e, ao longo de mais de 400 anos, se trabalhou para isso sem que a ideia original fosse perdida. A construção pode ter sido aos poucos, mas, sem dúvida, a estrutura já estava planejada. E mais do que isso! Uma catedral é uma arte sacra, ou seja, uma produção artística destinada ao culto sagrado. Ela é repleta de simbolismos: tudo é estruturado para prover o culto ao sagrado. Obse

BPM na Administração Pública

(imagem: clubedamotivacao.com) A tentativa de modernização das técnicas gerenciais na gestão pública tem uma trajetória recente, iniciando com o movimento gerencialista de Bresser Pereira e sua “Reforma da Gestão Pública” quando ministro do extinto MARE, em 1995, culminando com a edição da Emenda Constitucional nº 19 de 1998 , quando, dentre outras mudanças, foi adicionada a expressão ¨eficiência¨ nos princípios que regem a administração pública. Apesar de seus detratores acusarem tal movimento de interpor teorias neoliberais de Estado mínimo e desmantelamento do serviço público, não há dúvida que a Burocracia como base teórica para a estruturação da gestão pública, vinha já mostrando sinais visíveis de cansaço e ineficiência na busca pela entrega de um serviço público de qualidade, principalmente num mundo onde as mudanças nas ordens econômicas, sociais, políticas e ambientais ocorrem muito mais rapidamente. Sem querer aprofundar na discussão da evolução teórica da

Gestão do Conhecimento, Redes e Ferramentas Sociais

Resumo do Capítulo 4 do eBook “Dá pra fazer”, e entrevista com Ana Neves O livro “Dá pra fazer” é um conjunto de relatos experimentais dos membros da equipe da Assessoria de Inovação em Governo (iGovSP) sobre inovação na gestão pública. O livro orienta os gestores públicos sobre o tema, desde a fundamentação e motivos para inovar em governo até a apresentação de métodos e alternativas para iniciar o processo de mudança no setor público. A coluna ‘Dá pra fazer’ No texto passado fizemos um texto com o resumo e entrevista do terceiro capítulo do livro com o Profº Pepe. Neste seguimos para o capítulo 4, com o Ana Neves, que escreveu sobre Gestão do Conhecimento e Redes e Ferramentas Sociais. Depois do resumo você pode conferir a entrevista que realizamos com a autora. Aproveite :) Gestão do Conhecimento e Redes e Ferramentas Sociais Resumo do capítulo A autora inicia o capítulo falando sobre Gestão do Conhecimento. Para ela a Gestão do Conhecimento é uma di