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Mostrando postagens de abril, 2016

FACIN e o Modelo de Responsabilidade Organizacional - 2

No post anterior abordamos a primeira parte do  alinhamento da Visão Negócios do FACIN com o Modelo de Responsabilidade Organizacional , iniciativas voltadas para a melhoria da gestão e governança nas organizações públicas. Neste artigo vamos explorar as seguintes estruturas da visão negócios do  Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no apoio à Governança - FACIN : Figura 1 – Estruturas da Visão Negócios do FACIN  Com o uso da Arquitetura Corporativa, a organização pode identificar e avaliar suas capacidades de negócio existentes ou necessárias, a fim de viabilizar o atingimento de seus propósitos, definidos em uma estratégia e direcionados por sua governança. De forma simplificada, uma capacidade de negócio define o que a organização faz, sem tentar explicar como, por que ou onde é feito. A capacidade de negócios pode ser algo que existe hoje ou algo necessário no estado futuro, com a intenção de permitir uma nova direção ou estratégia.  Quando

Nas nuvens...

Há pouco mais de um mês eu participei de um evento que tinha como celebridade o indiano Sugata Mitra, físico de formação e brilhante educador contemporâneo. Sugata começou a se ocupar de questões relacionadas à aprendizagem das pessoas quando trabalhava com programação de dados em Nova Déli e via, desolado, uma grande favela do outro lado do muro de sua empresa. Um dia, teve a grande sacada: furar a parede e instalar um computador com acesso à Internet para que as crianças carentes pudessem navegar à vontade. Detalhe: nenhum professor ou orientação foram dados aos jovens que, com sua curiosidade inata, começaram a mexer no mouse (que eles não sabiam o que era nem para que servia) e a realizar downloads e explorações na web. O interessante da história é que Sugata começou a observar que as crianças se auto-organizavam para aprender conteúdos diversos, obtendo conhecimentos em níveis superiores aos de outras matriculadas em escolas particulares da Índia. Empolgado com os res

Transparência Organizacional

Como Estamos? Open Data Index Hoje vou tratar de algumas análises elaboradas pela Open Knowledge International que trata de avaliar a abertura de dados através do Open Data Index . O Índice Global de Dados Abertos (open data index) visa medir o nível de abertura de dados do governo em todo o mundo provendo uma auditoria sobre se e como os governos publicam seus dados em 13 áreas (em 2015): estatísticas nacionais, orçamento governamental, gastos governamentais, legislação, resultados de eleições, mapa nacional, previsão do tempo, emissões de poluentes, registros de empresas, códigos postais, qualidade da água, propriedade de terras e compras públicas.  A avaliação é realizada de acordo com o que foi definido como abertura de dados: Dados e conteúdos abertos podem ser livremente usados, modificados e compartilhados por qualquer pessoa para qualquer finalidade. A Open Knowledge International tem uma representação no Brasil através de uma OSC, a Open knowledge Brasil

Inovação Organizacional do Setor Público – [eBook] “Dá pra Fazer”

Resumo do Capítulo 3 e entrevista com José Carlos “Pepe”. O livro “Dá pra fazer” é um conjunto de relatos experimentais dos membros da equipe da Assessoria de Inovação em Governo (iGovSP) sobre inovação na gestão pública. O livro orienta os gestores públicos sobre o tema, desde a fundamentação e motivos para inovar em governo até a apresentação de métodos e alternativas para iniciar o processo de mudança no setor público. A coluna ‘Dá pra fazer’ No texto anterior fizemos um texto com o resumo e entrevista do segundo capítulo do livro com Senhor Sérgio Bolliger. Neste seguimos para o capítulo 3, com o Senhor José Carlos – o Profº. Pepe, que escreveu sobre inovação organizacional no setor público. Depois do resumo você pode conferir a entrevista que realizamos com o autor. Aproveite :) Inovação organizacional no setor público Resumo do capítulo O autor inicia o capítulo alertando que as atuais gerações além de viverem uma era de mudanças estão viven

Navegando a Estratégia

(Imagem: http://www.thinkstockphotos.co.uk/) No artigo BPM Estratégico, que pode ser lido aqui , entendemos como a Estratégia, Projetos e Processos mantém uma relação imbricada de causa e efeito. E que tal dinâmica, quando fruto de um planejamento estratégico bem delineado, pode proporcionar ganhos crescentes à organização. Também falamos, neste mesmo artigo, a respeito da Governança de Processos, que permite o aumento sistemático da maturidade em gerenciamento de processos de negócio e seu alinhamento às definições estratégicas. No entanto, o fato de ter uma Gestão de Processos amadurecida e um planejamento estratégico delineado pode não ser suficiente para que a organização efetivamente entregue o que foi proposto em sua Missão ao longo do tempo. O Planejamento Estratégico e sua materialização, o Plano Estratégico, devem ser um instrumento vivo a disposição da Administração, onde os rumos da gestão devem ser constantemente (re)direcionados e controlados para qu

A Crise é Inevitável, o Sofrimento Opcional

Custo ou Investimento? Não cabe mais comentar se haverá ou não crise no cenário das instituições públicas, ela já está acontecendo há tempos, isso é fato! Trata-se agora de saber como os cortes afetarão o trabalho e a motivação dos servidores. Na dúvida do que cortar e na escassez dos recursos, resolveu-se cortar tudo. Em alguns casos é explícito: a capacitação é a primeira da fila. Mas será que são apenas os cursos e eventos que os gestores públicos estão cortando? Avalio este “ajuste financeiro”, como um argumento limitado para responder uma crise. Essa fita já tocou antes e o som é ruim. A crise em contexto A WeGov completou um ano de criação, no último dia 13 de fevereiro. Nesta época, do ano passado, estávamos lançando a agenda e ao contactar nossos clientes a frase que ouvíamos era: acho fantástico e fundamental o trabalho de vocês, queremos e precisamos muito dos serviços da WeGov, mas sabe como é; a crise… E então de agosto a dezembro de 2015 parece

Transparência Organizacional

Como Estamos? Alguns Números Hoje eu trouxe alguns números que apresentam avaliações em relação à transparência em determinados setores do governo. Neste momento vou apenas lançá-los aqui. Pretendo discutir alguns pontos ao longo das minhas próximas postagens. Aid Transparency Index O Aid Transparency Index avalia a transparência dos fluxos de ajuda dos principais doadores mundiais.  Nota: O Brazil não aparece nas avaliações de 2015 e 2016...  Linagurg-Maduell Index O  Linagurg-Maduell Index é um método de avaliação da transparência de ativos públicos, tais como fundos soberanos e outros investidores governamentais de longo prazo. Ele tem ramificações fora para cobrir todos os tipos de investidores institucionais públicos.  O índice é baseado em uma escala de 10 pontos que tratam de dez princípios da transparência para fundos soberanos, cada um adicionando um ponto para a classificação de índice.  Open Data Index O Índice Global de Dados abertos visa

Governança Corporativa no Brasil

Nos últimos anos Governança Corporativa tornou-se o assunto "da moda" em administração de empresas em nosso país. Muito se falou e escreveu a respeito. A imprensa freqüentemente confundiu esse tema com proteção a acionistas minoritários, que é um outro assunto. Acontece que mesmo aqueles que sabem o que é Governança Corporativa, tendem a confundir a teoria americana com a nossa realidade. Os poucos livros a respeito do tema publicados no Brasil são americanos ou voltados para a teoria americana. Existe, porém, uma diferença tão gritante entre a teoria americana e a nossa realidade que torna boa parte dessa teoria inútil para nós. É muito simples: os americanos (que na verdade imitaram os ingleses, estes sim os inventores do capitalismo moderno) se baseiam no seu sistema de companhias de capital aberto, que eles chamam de "public companies", com o capital pulverizado em bolsa e sem acionistas preponderantes. A realidade brasileira é a de companhias que vão

Detalhando Quatro Visões no FACIN – Parte 1: Infraestrutura

Preâmbulo Objetivo da visão de infraestrutura no FACIN: Descrever a estrutura física e de tecnologia necessária para execução dos sistemas de informação e operação da organização envolvendo a definição de regras, padrões e ferramentas necessárias à interoperabilidade de informações. Descreve ainda qualquer infraestrutura física necessária às operações da organização, não relativas a TI. Objetivo da visão de segurança no FACIN: Descrever os requisitos de segurança necessários a todos os níveis da organização, desde processos, dados e informações até o nível de infraestrutura. Objetivo da visão de aplicações no FACIN: Descrever o conjunto de todas as soluções de software que permitam a produção, armazenamento, transmissão, acesso, segurança e o uso e intercâmbio das informações. Objetivo da visão de programas e projetos no FACIN: Descrever o conjunto de projetos e as relações entre si, coordenados de maneira articulada para a realização dos objetivos estratégicos da org