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Mostrando postagens de 2016

Decisões para o Novo Ano - Retrospectiva 2016

Esta postagem encerra minhas contribuições para a Comunidade Áreas de Integração em 2016. Em Março, depois das férias, uma nova etapa se iniciará. Aqui, gostaria de fazer um balanço do ano que se finda, e pensar no que o novo ano pode nos trazer. Gerenciamento de Decisões Ao longo de 2016 vocês tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre o gerenciamento e a modelagem de decisões e regras de negócio. É um assunto novo no Brasil e ainda envolto em muitas névoas: qual o valor do gerenciamento de decisões para as organizações? qual o posicionamento do gerenciamento de decisões na organização? É um assunto para o pessoal de negócios (principalmente, para a direção das empresas), ou é apenas mais uma ferramenta incompreensível usada pelo pessoal de TI? como o gerenciamento de decisões se encaixa na arquitetura da organização? como a modelagem de decisões se integra com outras disciplinas, como a modelagem de processos (BPMN), a modelagem de dados (UML,ERD), e a modelagem de

Arquiteturas Corporativas de Governo

Benchmarking para Apoio à Construção do FACIN Num artigo anterior   comentei sobre os quatro Governos que possuem Frameworks de Arquitetura Corporativa em franco desenvolvimento e uso: FEAF – Estados Unidos, AGA – Austrália, GEA-NZ – Nova Zelândia e eWave – Singapura. No artigo meu foco estava voltado para a identificação da importância que o tema de transparência tem dentro das abordagens propostas. Hoje, vou discutir sobre a importância desses benchmarkings, como  esses frameworks foram selecionados e ações futuras. A ideia do benchmarking surge do fato de que a utilização das práticas e modelos de Arquitetura Corporativa amplamente implementados, experimentados e consagrados, especialmente em áreas de Governo, permite que seu processo de desenvolvimento possa ser melhor desenvolvido face as lições aprendidas e perspectivas de cada organização já existentes. Inúmeros países utilizam como base fundacional padrões existentes de Arquitetura Corporativa como TOGAF, Zachm

Decisões como dados dinâmicos - Um caso prático (final)

Postagem anterior desta série   Conclusão Com esta postagem chegamos ao final desta série de postagens, em que discutimos um caso (praticamente) real de modelagem de decisão, usando para isto as regras publicadas pela Polícia Federal para conferência da documentação necessária para solicitação de Passaporte para brasileiros. Devido a questões de tempo e espaço, não foi possível modelar todas as regras (como prometido inicialmente), mas creio que o que foi modelado pode dar uma boa ideia do processo de modelagem. Para concluir, vou fazer alguns comentários e pontuar algumas ocorrências relativas a este esforço de modelagem. A modelagem de decisões e a modelagem de dados Como evidenciado durante o processo de modelagem apresentado, a modelagem de decisões depende fundamentalmente de um modelo de dados mínimo, mas muito importante: o glossário. Uma vez que a modelagem de decisões pretende ser amigável para o pessoal de negócios, o glossário não precisa (e não deve) se submet

O Padrão Brasileiro para Governança e Interoperabilidade no Workshop de Transparência em Sistemas: FACIN além das Fronteiras

No último dia 29 de novembro foi realizado o IV Workshop de Transparência em Sistemas , evento que procura agregar pesquisadores de diversas áreas e, em especial, com interesse em Ciência da Computação. Tendo como foco debater e tratar desafios relacionados ao tema de Transparência, que  orientem a criação e o desenvolvimento de tecnologias que apoiem a sua implantação e utilização em organizações, submetemos este ano o artigo “Promoting Transparency in Government through FACIN: The Brazilian Government Enterprise Architecture Framework“ com dois objetivos: Apresentar e disseminar a proposta do FACIN dentro da Comunidade Acadêmica que tem muito a oferecer para sua contínua evolução; Discutir a proposta de desenvolver uma sistemática de implantação de requisitos de transparência nos itens que compõem o FACIN.  O FACIN foi bem recebido e os participantes do evento destacaram dois aspectos muito importantes que o framework aborda: a interoperabilidade desde o nível organizacion

Decisões como dados dinâmicos - Um caso prático (parte 9)

Postagem anterior desta série Caminhando para o final desta série, nesta postagem vou completar toda a modelagem da decisão de conformidade da documentação para emissão de passaporte brasileiro (para simplificar o modelo, não iremos modelar as regras específicas aplicáveis a requerentes menores de 18 anos). Mais uma vez, não vou entrar nos detalhes da construção dos modelos, o que já foi suficientemente mostrado nas postagens anteriores. As regras abaixo foram adicionadas ao modelo criado na postagem anterior: Título de Eleitor e comprovantes de votação da última eleição (dos dois turnos, se houve). Na falta dos comprovantes, trazer a certidão de quitação eleitoral ou justificativa eleitoral. documento que comprove quitação com o serviço militar obrigatório, para os requerentes do sexo masculino a partir de 01 de janeiro do ano em que completam 19 anos até 31 de dezembro do ano em que completam 45 anos. Certificado de Naturalização, para os Naturalizados. Passaporte anterio

Transparência Organizacional e a Arquitetura Corporativa

O entendimento dos outros Países com relação as suas arquiteturas corporativas No início do desenvolvimento do FACIN – Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no Apoio à Governança, investigamos as iniciativas existentes em outros países como forma de benchmarking. Identificamos que inúmeros países utilizam padrões desenvolvidos e adaptados de Arquitetura Corporativa, utilizando como base diversos frameworks e padrões holísticos ou específicos para uma única Visão da Arquitetura. Quando comparados, os Frameworks de Arquitetura Corporativa para Governo são semelhantes, no sentido de visar metas comuns, como o caso dos propósitos de e-Government (Governo Eletrônico). Desta forma, para desenvolvimento do FACIN, com participação de entidades disciplinadoras de todos os padrões envolvidos e com o apoio de especialistas nestes temas, foram consultados diversos Frameworks de Arquitetura Corporativa para Governo de diversos países. Para filtrar a enorme quantida

Decisões como dados dinâmicos - Um caso prático (parte 8)

Postagem anterior desta série Nesta postagem vamos avançar na modelagem da decisão sobre a conformidade da documentação de requerente de passaporte brasileiro. Diferentemente das postagens anteriores, não apresentarei o processo passo-a-passo, pois acredito que isto já foi suficientemente mostrado. Abaixo, apresento as regras que descrevem os requisitos de documentação modeladas até este momento: Formulário Eletrônico de solicitação Documento de Identidade, obrigatoriamente para maiores de 12 anos. Podem ser aceitos como documento de identidade: cédula de identidade expedida por Secretaria de Segurança Pública; carteira funcional expedida por órgão público, reconhecida por lei federal como documento de identidade válido em todo território nacional; carteira de identidade expedida por comando militar, ex-ministério militar, pelo Corpo de Bombeiros ou Polícia Militar; passaporte brasileiro anterior; carteira nacional de habilitação expedida pelo DETRAN (modelo atual); carteira de

A Participação Eletrônica no Brasil, nos últimos 8 anos, pela perspectiva da ONU

No artigo anterior analisamos a evolução do Brasil no índice de desenvolvimento em governo eletrônico (EGDI) e dos seus componentes, no período de 2008 à 2016, com base no relatório "United Nations e-Government Survey" publicado pela ONU.   Neste post iremos avaliar o índice e-participação ( e-participation ) neste mesmo período, segundo os Relatórios de Governo Eletrônico da ONU. O e-participação (EPI) é um índice complementar ao EGDI que usa um modelo de 3 níveis/estágios de participação eletrônica para medir o   engajamento do cidadão, que passa de um envolvimento mais   “passivo” para um envolvimento mais “ativo”: i.   e-information – uso de serviços online para facilitar o provimento de informações do governo para o cidadão;   ii. e-consultation - engajamento do cidadão em contribuições e deliberações da política pública e serviços; iii. e-decision-making - empoderamento do cidadão através de seu e ngajamento no processo de tomada de decisão (United Nations, 2014