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Governo investe R$ 67 milhões no Inpe para ampliar monitoramento da Amazônia através de geotecnologias e tecnologias espaciais

O governo federal investirá R$ 67 milhões para ampliar o monitoramento ambiental por satélites realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que produz dados sistemáticos sobre o desmatamento e a degradação florestal na Amazônia. Os dados abertos são importantes para tomada de decisões sobre políticas para preservação da região.

Para isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já garantiu o aporte dos recursos ao projeto “Monitoramento Ambiental por Satélites no Bioma Amazônia”, que tem prazo de execução de cerca de três anos e meio (42 meses) e propiciará as condições para que o Inpe possa ampliar suas ações e também compartilhar sua metodologia, dados, tecnologias e equipamentos para monitoramento ambiental com outras regiões e biomas brasileiros, assim como outros países tropicais.

O contrato para o repasse dos recursos foi assinado na última semana, entre o diretor da Área de Meio Ambiente do BNDES, Guilherme Lacerda, e os diretores do Inpe, Leonel Perondi, e da Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate), Luiz Carlos Miranda, tendo como testemunhas os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em Brasília.



Segundo a ministra Izabella Teixeira, o projeto é prioritário para que o País entre em uma segunda fase de proteção à região amazônica. “Acabaremos com o desmatamento na Amazônia e desenvolvermos políticas específicas para aquela região com novos padrões produtivos, mantendo a floresta mas assegurando o desenvolvimento social, ambiental e econômico”, afirmou.

Segundo ela, a tarefa só é possível com conhecimento científico, informação ou instituições robustas para dar respostas à sociedade local e globalmente. Por isso, é preciso evoluir na captação de mais recursos para o desenvolvimento de novas ferramentas tecnológicas, de forma que o Brasil tenha protagonismo na inovação tecnológica associada a satélites de monitoramento.

“Após os três anos e meio previstos para a vigência do presente projeto, os programas do Inpe relacionados ao bioma Amazônia terão sido amplamente incrementados, proporcionando ao País, particularmente ao Ministério do Meio Ambiente, ferramentas ainda mais eficientes e eficazes para o monitoramento ambiental da Amazônia”, disse o diretor do Inpe, Leonel Perondi.

Segundo o MMA, os resultados esperados contribuirão para a implementação da estratégia de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) do País, uma vez que possibilitam aumentar o controle do desmatamento e da degradação florestal. A atuação do Inpe, em coordenação com as políticas do ministério, já levaram a uma redução do desmatamento na Amazônia alcançou 5.891 km2 em 2014, a segunda menor taxa registrada nos últimos 25 anos.



O BNDES destinará recursos ao projeto de monitoramento por meio do Fundo Amazônia, carteira de crédito que soma agora o apoio a 67 projetos, totalizando R$ 1 bilhão, dos quais R$ 372 milhões desembolsados. Todos os projetos apoiados visam reduzir o desmatamento e apoiar o desenvolvimento sustentável.

O projeto apoiado pelo Fundo Amazônia, portanto, contribuirá para os avanços na atuação do MMA em sua missão de coordenar e empreender ações do governo federal no combate ao desmatamento ilegal da Amazônia brasileira.

O projeto compreende ações como: mapeamento do uso e cobertura da terra na Amazônia Legal; aprimoramento de software; melhoria dos serviços de recepção, distribuição e uso das imagens de sensoriamento remoto do Inpe; aprimoramento do monitoramento de focos de queimadas e incêndios florestais; estudo das trajetórias de padrões e processos do desmatamento na Amazônia; e melhoria dos métodos de estimativa de biomassa e de emissões por mudança de uso da terra.

Fonte: Planalto/Presidência da República
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Comentários

  1. O INPE é um órgão reconhecidamente idóneo. Este repasse é até tímido pela grandeza do projecto.

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