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Padronização e Integração

Devido ao alto volume de informações e das necessidades da sociedade, a administração pública hoje “exige” uma nova estrutura e coordenação, uma governança que viabilize o cumprimento de sua missão e objetivos. Baseada no estabelecimento de conceitos e padrões comuns que propiciem o fluir da informação entre seus processos e na interação com a sociedade.

A cada dia o compartilhamento de dados e informações, internamente ou entre organizações diferentes, torna-se fundamental para o aprimoramento dos serviços prestados ao cidadão e para a tomada de decisões. Isto impacta positivamente não somente na “economicidade” da administração pública como também propicia novas perspectivas ou possibilidades de serviços.

A “informática”, que a princípio objetiva a automação de tarefas, foi o caminho encontrado para se buscar uma maior eficácia no tratamento das questões administrativas e operacionais, o que nos levou a um cenário de urgência pela informatização, que gerou inúmeras e parciais soluções sistêmicas, sem observar a dimensão e relevância das informações - persistidas ou a serem persistidas - entre outras questões.

Passada a fase de “informatização” evoluímos para o conceito de Tecnologia da Informação, onde a informação passa a ter maior peso na decisão, e ingressamos num cenário de urgência na integração do legado de soluções sistêmicas e das informações persistidas com as que foram limitadas ao papel e/ou às pessoas envolvidas nas tarefas estabelecidas pelo negócio.

Atualmente na administração pública busca-se diminuir o caminho entre produção e entrega, dentro de uma estratégia de processos de trabalho/negócio, que exige para o seu sucesso a existência de um fluxo de informação continuo e integrado. E, para que isto ocorra, é inevitável a reformulação de processos, a integração de sistemas, a integração de serviços, a integração de informações.

É neste ponto que chega a necessidade de um “governo eletrônico” e, por conseguinte, a necessidade de padronização tecnológica focada na interoperabilidade, com vistas a possibilitar a busca continua da flexibilidade e eficiência do Estado, no que tange a sua operacionalidade.

A e-PING é um dos pilares que responde a essa mudança com uma visão holística e baseada na viabilidade técnica do compartilhamento de informações, possibilitando a absorção de novas tecnologias com menor impacto no esforço de transição ou integração.

Entretanto, apesar de parecer óbvia a importância da padronização tecnológica, encontramos ainda resquícios de uma visão ou pensamento arraigados no passado, que são resistentes e que acreditam promover com seu uso um engessamento tecnológico, o que de certo não é uma verdade. Existe hoje um conjunto de padrões tecnológicos e de processos que nos possibilitam a implantação de uma arquitetura corporativa resiliente e flexível o suficiente para caminharmos no sentido de uma melhor administração pública e que viabilize a convergência entre os diversos processos de negócio, mantendo o alinhamento estratégico do negócio próprio de cada órgão, conforme as suas características e necessidades.

Devemos ter como aliado a própria sociedade para que o compartilhamento de informações seja alcançado e a informação entregue em tempo hábil, garantindo a entrega de serviços de melhor qualidade aos cidadãos, além da implementação de novos serviços.

É com a discussão e com a adoção de padrões que daremos a sociedade visão e informação suficiente e necessária sobre os serviços públicos prestados. Com o crescimento exponencial da oferta de dados governamentais abertos à sociedade estaremos promovendo não só o engajamento da sociedade no processo de desenvolvimento da nação, mas também contribuiremos de forma sistêmica e com elevado padrão de qualidade para proporcionar uma nova visão e informação sobre os serviços que prestamos. É o governo brasileiro, em todos os seus níveis e esferas, atuando ativamente na a evolução de uma sociedade democrática, participativa e eficiente.



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